A importância de cuidar do Cuidador

A importância de cuidar do Cuidador A importância de cuidar do Cuidador
 
Quando um familiar adoece, o mesmo não é o único a sofrer as consequências da doença. Percebe-se em alguns casos, que todo o sistema (família), de uma forma ou de outra é afetada, em especial aquele que está à frente de cuidar: o cuidador. É grande a tensão acarretada ao papel daquele que cuida, principalmente quando este é um familiar, em detrimento ao estresse que fica exposto e as mudanças que geralmente ocorrem originadas da doença. Entre tantas mudanças podemos citar: a sobrecarga de trabalho, mudanças no orçamento, questões emocionais, questões práticas, a exemplo da disponibilidade de tempo.

A literatura nos aponta que cuidar é algo que faz parte do ser humano. “Está na origem da existência do ser humano”( BOFF, 1999). “Sem cuidado o ser humano deixa de ser humano” (BOOF , 2004). Nesta relação, quem está sendo cuidado, não apenas recebe os cuidados físicos, mas, muitas vezes, as emoções e sentimentos, do cuidador.  Se pararmos para pensar, durante todo nosso ciclo de vida somos cuidados, cuidamo-nos e cuidamos em algum momento do outro. Cuidar significa: ter cuidado, tratar de, tratar-se (da saúde etc.) (Aurélio, 2001).
Segundo a definição acima, o cuidar é também cuidar de si, porém, infelizmente é algo que pouco se vê entre os cuidadores: “Cuidar-se”!

Percebe-se em alguns casos, que a pessoa que cuida, principalmente o cuidador de familiar, envolve-se muito com o doente ao ponto de esquecer-se. A queixa, muitas vezes é de falta de tempo e questões financeiras (devido aos gastos que geralmente tem com o ser adoecido).

Outra questão muito presente é o grau de envolvimento emocional deste com o  adoecido, onde o mesmo não consegue mais distinguir o que é seu e o que é do outro, num processo de grande confluência. A dependência afetivo-emocional neste percurso pode desencadear no cuidador distúrbios, mudança de comportamento, podendo chegar ao adoecimento. Em todas as relações é “saudável” que se perceba o que é seu e o que é do outro.

O cuidado antes de tudo é se perceber; perceber como estamos, como funcionamos conosco; com o outro, com o mundo, para daí cuidar do outro. E é algo que nós humanos, nestes tempos de tanta agitação, pouco fazemos. Não temos como prática este cuidar-se, este olhar para nós mesmos de forma zelosa, mas faz-se necessário!

E o que pode ser feito para a redução de danos no cuidador?
- Antes de mais nada ficar atento a sua saúde.
- Dividir as responsabilidades e afazeres com outras pessoas, como membros da família, profissionais da saúde (caso seja possível).
- Falar o que está sentindo.
- Pedir ajuda
- Participar de grupos terapêuticos
- Descansar
- Ter um tempo só para si
- Conversar com amigos, passear, fazer algo que lhe seja prazeroso
- Fazer exercícios físicos a exemplo de uma boa caminhada.
- Procurar não fazer mais do que se é possível
- Procurar a ajuda de um psicólogo.
Assim como se acolhe e cuida do enfermo é preciso um olhar para acolher e cuidar do cuidador .
 

*Suely Carvalho e Silva
Psicóloga CRP 03/ 9180
Especializanda em Gestalt-Terapia – IGTBA / Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

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