Rejuvenescimento com Laser de CO2 fracionado

REJUVENESCIMENTO COM LASER DE CO2 FRACIONADO

 

Desde a descoberta da fototermólise seletiva por Anderson e Parrish, os lasers têm sido utilizados no tratamento do rejuvenescimento da pele, com início no Brasil na década de 1990. Os lasers de CO2 10.600 nm e Erbium 2.940 nm NÃO FRACIONADOS de primeira geração foram os primeiros a ser usados. Os resultados foram muito animadores, mas, como fazem a ablação completa da epiderme (porção superficial da pele), ambos apresentam todas as possíveis complicações da exposição total da derme(porção profunda da pele) no período pós-operatório ( cerca de 30 dias).

Pesquisas de novos comprimentos de onda de raios que são absorvidos pela água levaram à descoberta dos lasers FRACIONADOS .O uso do laser ablativo fracionado foi introduzido em 2006. Essa tecnologia foi uma revolução no rejuvenescimento a laser: a estimulação do colágeno ocorre através de colunas de coagulação demoepidérmicas, sem ablação total da epiderme, e o pós- operatório é de apenas 4 a 7 dias. Assim, com a ablação fracionada, apenas parte da epiderme é removida de modo controlado, maior ou menor, de acordo com os efeitos desejados. O pós-operatório se tornou mais tolerável e os efeitos colaterais diminuíram. Assim, o fracionamento da luz permite atingir planos mais profundos com mais segurança. Atualmente, esses lasers ablativos fracionados constituem a técnica mais adequada para o tratamento do fotoenvelhecimento de graus moderados a acentuados.

O laser de CO2 emite uma luz com comprimento de onda de 10.600nm, que é fortememente absorvida pela água tecidual. A penetração depende do conteúdo de água e independe da melanina e da hemoglobina. Em geral, o mecanismo de ação dos lasers é através da produção de calor. No caso do laser de CO2 , a vaporização ocorre quando o laser atinge a pele através do aquecimento muito rápido da água - fenômeno que gera ablação, i.e., remoção tecidual responsável pelo resurfacing (rejuvenescimento) ablativo. Além disso, essa reação é exotérmica, ou seja, libera calor que se dissipa pelas células adjacentes, gerando um efeito térmico residual. Essa transferência de calor é provavelmente responsável pela desnaturação do colágeno que contribui para a contração em si do tecido e a melhora das rugas e da flacidez que ocorre após o procedimento. Esse fenômeno também induz uma reação tecidual que gera neocolagênese (produção de colágeno) nos seis meses posteriores ao procedimento. Em resumo, o laser de CO2 produz rejuvenescimento da pele através de ablação ( remoção da pele fotolesada), contração de colágeno e neocolagênese ( produção de novo colágeno).

As melhores indicações são o fotoenvelhecimento severo, tratando as lesões pigmentadas, melhorando as ceratoses actínicas e provocando a contração do colágeno. Esse laser também tem uma excelente indicação para tratamento das cicatrizes de acne. Os resultados são excelentes após, pelo menos 4 sessões

           Os tratamentos de rejuvenescimento evoluíram muito nas duas últimas décadas, sendo os pioneiros os lasers mais agressivos para resurfacing ablativo, como CO2 e Er:YAG. Com a demanda por tratamentos menos agressivos, passamos à geração dos lasers não-ablativos e, mais recentemente, o fracionamento foi mais um grande avanço nas técnicas de rejuvenescimento .

 

Helga Clementino Figueiredo Borges

Dermatologista

CRMBA 19.436

Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Clínica IDERMA tel. 40098600

helgaclementino@gmail.com

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